Com o fumo adocicado, travo a uma dor velha
todos os peões ao centro do tabuleiro.
Cada um carrega nos ombros o pesado ego:
deixai-o cair no chão de pedra como lastro...
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e soltando a mão dos duros ossos
moldar em argila um ventre suave
lugar seguro, nunca mais.
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talvez se desatem todos os nós duma só vez
e o laço da forca se torne uma suave carícia
cicatriz no caminho de terra, visto de longe.
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ou então acordas e ainda chovem lágrimas
o vento do norte transporta a tempestade.
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Ju
5 comentários:
'Travas' minha respiração, isso sim!
Mas que beleza de poema!
abraços com emoção
da poeta
El
"talvez se desatem todos os nós duma só vez
e o laço da forca se torne uma suave carícia
cicatriz no caminho de terra, visto de longe."
adorei isto:)
Tiago
Vagando por esses mares, um ciclo devagar... percebendo as coisas.
Venho sempre aqui e fico pensando: --- Onde passeiam esses poetas?
os poetas passeiam pelo algarve:)
T.
passeamos no algarve...e em todo este rectângulo adormecido ao atlantico...o territorio dos poetas é o mundo e todos os seus caminhos e encruzilhadas...obrigada pelos posts,pelo carinho :)))
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