Escrevia como um matemático mas, não me admiraria nada que, se lhe tivesse acontecido ser um matemático, pensasse então como um escritor. É que a matemática e a literatura são praticamente iguais, pelo menos quando se debruçam sobre o mistério do mundo, explorando, uma e outra, todos os ses, todas as possibilidades; como esta que aqui se apresenta de serem iguais a matemática e a literatura, e iguais os matemáticos e os escritores. E se não estão convencidos interroguem-se por breves instantes se a matemática e a literatura não partilham, uma e outra, a mesma exactidão e a mesma poesia.
8 comentários:
Nem mais!
[van]
Muito pelo contrário, caros [van] e Ene: muito mais!
A matemática procura uma exactidão inquestionável, enquanto que a poesia (que é menos redutor do que a literatura) procura uma EXACTIDÃO HIPOTÉTICA, ou seja: as questões sem resposta, A QUESTÃO.
A matemática procura as respostas às questões que põe e isso afasta-a muito da poesia, fá-la continua no lado de cá.
É que a matemática e a poesia são muito diferentes quando se debruçam sobre o mistério do mundo: uma tenta enunciá-lo e demonstrá-lo, a outra vê-lo e apontar para ele(o que é precisamente o contrário).
Alfredo Dias
Perspectiva interessante, Alfredo Dias...
E o que diz quando a matemática, numa perspectiva de optimização, oferece um enorme conjunto de soluções admissíveis, independentemente de ser optimização condicionada ou não (com ou sem restrições de igualdade e/ou desigualdade)?
Alfredo Dias, e se... não fosse assim? :)
Obrigado pelo comentário.
N
Caro van,
a matemática pode fazer isso que diz ou não fazê-lo, a poesia só não, só tem uma hipótese: ser questão.
Caro, Luís Ene,
...mas é assim.
Alfredo Dias
:)
Gosto é disto animado!
[van]
Sim. Sempre que tiver disponibilidade passarei por cá.
Alfredo
É possível brincar-se muito com a matemática. Do mesmo modo com as palavras se pode fazer magia!
Mas isso é preciso gostar muito.
Gostei daqui!
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