questão prévia: alguém sabe do luís ene, autor deste brilhante conto?
a segunda-feira vê-se ao espelho do domingo.
ninguém trabalha hoje
até porque o domingo se vê ao espelho do sábado
e o sábado vê-se ao espelho da sexta-feira
ao fim da tarde.
na mesa carradas de papéis por analisar, processos
cujo valor é incalculável, arguidos que vão pagar indemnizações cíveis brutais, sim, porque este é o Portugal do futuro...ou qualquer merda parecida.
até que o patrão, de bigode português, chega, bate com a mão no peito da mesa e diz "porra, pá! por vezes há que fazer sacrifícios, nem que trabalhemos ao fim-de-semana!"
[tn]
1 comentário:
o domingo quieto
é um mundo escuro e curvo
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