Ele olhava mas não a via, nunca a via.
E ela chegou mesmo a pensar que era invisível, ou que ele era cego, mas a verdade é que ele via, via até muito bem, só que via para além dela, muito para além dela, via a mulher ideal que ela não era, a mulher ideal de quem ela estava a anos-luz de distância, ou vice-versa, se preferirem, como quiserem, estejam à vontade, que estas quatro ou cinco linhas servem apenas para de novo se voltar afinal ao princípio, que por esta altura já quase se esqueceram dele e vai surgir-lhes renovado, completamente renovado.
Ele olhava mas não a via, nunca a via.
1 comentário:
ja tinha saudades destes teus pequenos textos.
és o melhor que eu conheço dentro deste género.
Tiago
Enviar um comentário