sexta-feira de lua
13 ou não, tanto faz.
acertaram um tórax
a ferro e fogo e completa falta de yin-yang
com um golpe turn off super man marlon brando
certeiro.
o que estava em volta do tórax
caiu como gelatina no meio da rua, basicamente osso e carne de quinta-feira ainda vivo.
uma gargalhada iluminava o beco distante
fazendo com que os ouvidos do assassino se voltassem para o eco,
seu rosto virava tal qual coruja precisa.
180 graus de fúria na cabeça, culpa nas costas e aquelas botas invocaram passos firmes na direção do voyeur que se atreveu.
a arma brilhava entre os dedos, mas o medo pingava da barba, escorria pelo pescoço.
na entrada do beco os passos cessaram, a tensão acumulada murchava. coração sem sangue.
maxilar travado, alívio, angústia...não havia ninguém.
primeiro caiu a arma, depois o assassino.
ele levava as mãos trêmulas à nuca, proximidade entre cabeça e chão.
após o ato criminoso não percebeu o som inconsciente do triunfo. não percebeu o quanto era mau, por só carregar sorrisos depois de mortes. a gargalhada era dele.
loucura e salvação nas lágrimas que molham a camisa.
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imagem: Alberto Vázquez
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