e o pólen,
colado,
parecia sangue seco.
A natureza fere-nos
com sentimentos pendulares
que ascendem e descendem como vidas,
pessoas em elevadores,
mulheres que caem,
crianças corrompem úteros como ervas daninhas
corrompem o asfalto
Apareciam carros
desapareciam pessoas.
Ascendiam homens
e a mulher desaparecia
com eles.
A flor violenta na cara rigorosa
era raiz de pensamentos severos.
Deixava feridas que não fluíam como água em leitos.
Eram água seca, pele seca.
Não era natural,
morria sempre que a natureza actuava.
sempre que ela respirava.
E não sabia da existência da morte.
Adriano Narciso
4 comentários:
Estou lisonjeada pela visita de vcs em meu blog, eu que sou uma simples mortal (rs) que escreve o que vai dentro de mim, somente.
Bjs!
Vim agradecer a presença do Texto em meu blog Inscrições e descobri este blog cheio de beleza.
A morte, tão temida e esperada.
Lindo texto.
Beijo
excelente!
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