Um poema de Sylvia Beirute - Passageiro Frequente























PASSAGEIRO FREQUENTE

a vida precisa de justificar o sonho belo }
os sentidos são transmissíveis,
e apenas na simulação directa a estética é exterior. 
quem quiser dobrar ao meio uma subtileza }
encontra uma sombra muito rígida,
um passageiro frequente no infinito de um nome }
regando esta abundância tão rente
com o caule desde a dialéctica do poema sem seios
ao instinto que respira pela aura dos pulmões,
{respiração que blinda a aura da alma azul-índigo}

inédito

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