o questão das pessoas salvas pelo atraso no check-in em barajas fez-me recordar este excelente poema de Rafael Camarasa:
Iam a subir para o comboio que explodiu em Atocha quando algo que esqueceram em casa os obrigou a regressar. Ela, ao escutar a notícia, achou ver sinais e presságios, e gritou chorando que aquele esquecimento era uma mensagem dos Céus. Ele abraçou-a tremendo, não contestando a sua fé. Tinha medo como ela e como ela chorava, e pensava que, para bem ou para o mal, estamos sempre no sítio justo.
in O sítio justo, Rafael Camarasa, ed: punta umbría, bilingue com tradução de Tiago Nené
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