Guardava-lhe a vida,
diziam.
Desafiaria os limites pela figura breve e séria,
pelo rosto sisudo e olhar nobre.
Guardava-lhe o corpo repleto de cicatrizes que ninguém via,
que ninguém poderia ver.
Testemunhos de uma dor silenciosa,
de um punhado de lágrimas furiosamente enterradas no sepulcro do tempo.
Guardava-lhe a seriedade e as decisões sóbrias,
os erros e os fracassos.
Guardava-lhe a vida,
diziam.
O que eles não sabiam é que na verdade o que ele melhor lhe guardava era a alma.
A alma que sorria quando chorava e chorava quando sorria.
Isa Mestre
1 comentário:
Excelente poema, imagino quantos segredos, quantas angustias quantos conselhos o guarda-costa dará e por fim como se não fora suficiente dá a vida se preciso for.
Nunca tinha lido nada sobre os guarda-costas, afinal também guardam a alma (do diabo...)
Muitos parabens gostei muito
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