As horas passando
giram os ponteiros do relógio com
força magnânima de deus sobre um mundo.
Passamos pelas horas como um autista pela vida
com a semi-consciência de que temos poder para viver.
O tempo é uma
facada
global
na carne;
tira-nos da pele a puerilidade
exangue dos baloiços fugazes,
beijos corados entre aulas.
E tudo são memórias, e somos elefantes que as concentram na barriga.
Adriano Narciso
2 comentários:
o tempo....sempre o tempo....
Nem mais Adriano, o tempo é isso mesmo juntamente com toda a experiência singular que torna real a nossa relação com ele...
Abraço.
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