ONZE PALAVRAS
quisera
crer o amor escondido no porta-malas do cérebro, uma res-
posta que ainda pergunta /diminuem as sombras com as palavras/ e lá uma re-
tribuição para além do recebido:
os sentidos são o correio do corpo.
quisera crer que ligaria, claro, mais tarde, às onze e meia,
às onze e meia em ponto, com onze,
onze palavras mornas e a síntese do não - convergências,
e a antítese do sim - divergências,
frias como um cartão de crédito
entre os dedos de um homem que procura um útero
onde possa derrotar-se.
Sylvia Beirute
Sylvia Beirute nasceu em Faro, no ano de 1984, e nunca publicou. Este poema é um exclusivo do Texto-al, que aqui publicamos com a devida autorização.
6 comentários:
Belíssimo poema!
Gramde poetisa.
Encantado.
Adorei :-)
O todo mt me agradou, contudo, uma frase c me chamou a atençao:
"[ ]os sentidos são o correio do corpo[ ]"
Parabens pelo feeling.
É isso aí.
espero que apareçam mais poemas dela. mt bom mesmo.
E eu compraria um livro dela!
Texto forte, bastante. Café forte com aditivos... Tentei comentar em seu blogue, mas não consegui).
Bom domingo, Sylvia Beirute!
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