Um poema de Sylvia Beirute - O Beijo de Rodin

















O BEIJO DE RODIN

não quero fazer filhos
sobre desejos adicionais
e tardios, desejos sobre a tela tardia da tarde,
desejos sobre o azul infindável
de boas razões indesejáveis.
não quero desejos de desejos,
desejos que retiram desejo a desejos de
tempo raso
e de feitio de auto-pertença e
leves contradições sem alarme e gafanhotos.

não é em vão que
o beijo de rodin é de pedra.

Sylvia Beirute
inédito

2 comentários:

Renato Machado disse...

adorei o poema, lindo. rodin! adorei estudar rodin! relamente é verdade, por isso é que rodin imortalizar tao singelo momento, o efemero do beijo. nao devemos seguir desejos que no fundo nao desejamos, ne no fundo nao sao nossos, apenas uma obrigaçao que nos impoem...
adorei este poema, talvez o seu verdadeiro sentido esteja completamente distante da minha apreciação...


visitem o meu blog em rbmachado.blogspot.com

A. Pedro Ribeiro disse...

muito bonito.