Não gostamos de toda a gente. Que disparate. Seria impossível gostarmos de toda a gente. Não fomos feitos para gostar. Especialmente daqueles que nos apontam o dedo, que nos tornam a ruga do queixo um bocadinho maior a cada palavra. Não gostamos que nos contrariem. Somos soberanos. Mesmo que não o admitamos. Mesmo que sejamos sempre os mais humildes e os mais realistas. Somos também soberanos.
Não gostamos de toda a gente. E às vezes achamos que ninguém gosta de nós. Não nos questionamos sempre. Morreríamos se nos questionássemos. O ponto de interrogação dá-nos volta ao estômago. Preferimos os pontos finais. Mais seguros, menos voláteis. Os que acabam com tudo.
Por isso nunca me passou pela cabeça perguntar-te se podes gostar de mim, se podes sentar-te e fazer um esforço para gostar de mim. Não sei nada de especial, talvez nem possa mesmo ensinar-te nada de novo. Estou aqui. Apenas isso.
A lembrar-me de todos os que nunca podem estar. É deles o vazio que se segue. O da ausência de tudo. Ou talvez de nada.
Isa Mestre
Não gostamos de toda a gente. E às vezes achamos que ninguém gosta de nós. Não nos questionamos sempre. Morreríamos se nos questionássemos. O ponto de interrogação dá-nos volta ao estômago. Preferimos os pontos finais. Mais seguros, menos voláteis. Os que acabam com tudo.
Por isso nunca me passou pela cabeça perguntar-te se podes gostar de mim, se podes sentar-te e fazer um esforço para gostar de mim. Não sei nada de especial, talvez nem possa mesmo ensinar-te nada de novo. Estou aqui. Apenas isso.
A lembrar-me de todos os que nunca podem estar. É deles o vazio que se segue. O da ausência de tudo. Ou talvez de nada.
Isa Mestre
1 comentário:
É de mestre Mestre, do texto gosto, quanto ao resto vou fazer um esforço.
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