Cada poeta é ele próprio e por isso
tão iguais e tão diferentes
são os poetas.
Uns amam de longe os poemas,
como se os temessem;
outros beijam-nos na boca,
mas não os amam;
e outros ainda, nos poemas
apenas se amam a si mesmos.
Os poemas, por outro lado,
são como os espíritos:
existem no mundo,
mas não lhe pertencem;
e muito menos aos poetas
que os dizem seus.
Em vez de dizer
este poema é meu,
melhor seria dizer
este poema sou eu.
2 comentários:
gostei do "ensaio para um auto-retrato"
os poemas existem para vivermos de forma intensa o estado de espírito em k nos encontramos...lindo!!!
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