Hímen do Tempo - um poema de Tiago Nené

Hímen do Tempo

impossível,
e nesse impossível uma forte sensação de possível, os poetas que morrem dentro de aves, os sons que se ouvem no ar, transformações de palavras, palavras de palavras. impossível, e nesse impossível uma última sensação de possibilidade, todo o tempo em simultâneo suspenso, consumido o espaço com a mesma aleatoriedade do sangue que narra.


Tiago Nené
(in Confissão de Sangue
-
a publicar em 2035)

7 comentários:

Joana Roque disse...

perfeito.

o ritmo, as palavras, a forma, a maneira como estão dispostas, a profundidade, a arte.

voltarei.

Marta disse...

«os poetas que morrem dentro de aves» são assim,

geniais!

Unknown disse...

simplesmente brilhante este poema.

Ana disse...

Uma rede de palavras a definir a possibilidade do impossível.

Anita Mendes disse...

Texto -al, vc sempre surpeende!
nesse poemas é como se estivesemos sendo levados pelo tempo ou carregados pelo Sr. vento.As vezes ,em brisa ,as vezes, em vendaval.
lindo!
beijos pra ti,
Anita Mendes.

Devir disse...

Poemas brilhantes
hipermodernos
faz-nos quase pensar

Aonde estávamos
Aonde estamos
Aonde estaremos

Em corpo, daqui a pouco?

candida disse...

tenho de o ler outra vez.
sou um bocadinho lenta!:)
se eu não perceber, explicas-mo??