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O TURISTA
têm as mãos nos seus bolsos, à volta do seu pescoço,
espetaram-no no muro.
(nas casas-de-banho públicas não há câmaras de vigilância).
o turista, acabado de sair do avião, não vislumbra testemunhas,
ninguém, excepto ele mesmo, para testemunhar a sua calma e eloquência,
e como ele diz a si mesmo, Eu podia ser um deles,
desfeiteado pela Revolução...
o muro persiste, abrasivo, contra a sua face carnuda,
e de repente é mordido no ombro nesta terra de Sida.
John Mateer
Tradução de Tiago Nené
2 comentários:
PARABÉNS POR TÃO LINDO BLOG...
AMO POESIA, ARTE, ARTESANATO, NATUREZA...
E ADOREI ESTE POEMA...
BEIJO GRANDE PRA VOCÊS!
MUITA LUZ E PAZ!
Altamente politizado e... necessário.
Parabéns aos dois: autor e tradutor.
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