Reflexo psicanalítico de um Édipo




As mulheres correm plenas de ar
por entre vácuos recém-nascidos
que as respiram,
consomem-nas carnalmente
como cigarros durante a guerra

Da cópula sai terra,
fogo,
Rebentam-se as águas
e o lume que saía
escorreito
extingue-se como o sexo pueril
na sociedade pré-freudiana.

Saem bebés das lúgubres mulheres.
Munem-se das facas bronquiais, dos laços umbilicais.
são causa primeira dos rasgos na polpa maternal,
que expele CO2 e H2O com corante vermelho-carmesim.

Há lápides pintadas de consaguinidade no fim

Adriano Narciso

11 comentários:

Vinícius Paes disse...

lindo, e mata de sede por vida.
definitivamente belo.

abraço.

PRA QUÊ? disse...

Fantástico!

vieira calado disse...

Gostei do poema.

Abraço

Mikas disse...

Gostei dessa forma de escrever, fora do vulgar. Beijo

Tainá Facó disse...

Lindo! Perfeito!

Rosemildo Sales Furtado disse...

Olá amigos! Estava passando, avistei vosso espaço, invadi, gostei e não resisti em vos dizer que é um belo poema e muito profundo.

Abraços,

Furtado.

mariab disse...

telúrico. e de excelente qualidade.
beijos

Thiago Gonzaga disse...

Eu tbm concordo. Belo, interessantíssimo e profundo.

Thiago Gonzaga disse...

Eu também concordo. Belo, interessantíssimo e profundo.

C. disse...

espectacular poema !

C. disse...
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