Fantasma.



Espreito por entre
Um rio vermelho
Que é sangue
E tristeza e choro.
Um quente que adorna,
Escorrendo pela incerteza
De um fantasma de escárnio
Escondido…

E espreito, olhando
Toda essa mágoa ao espelho,
Onde encontro pedaços
De um conhecido
Que ainda sorri ao longe
Uma lembrança
Do ser que foi,
Ao mesmo tempo
Que soluça um e num
Presente doentio,
Como o gesto
Que o pintou.

Na berma da cama
Pingam cores numa
Só, que é a que cobre
O chão do mesmo.
E no metal, que é
Da faca, ficam
As breves memórias,
Na história
De um momento
Que se irá, quando
O fantasma se perder
Do conhecido
E ficar apenas fantasma…

1 comentário:

isabel mendes ferreira disse...

fico sem saber o que dizer.



de tanto ser. este verbar.