A ausência planta-nos ciprestes
A ausência
planta-nos ciprestes
em torno dos
prados renascentistas vetustos
que eram presença verosímil de alguém
em volta tudo é negro fúnebre.
Tudo se resume à constância extasiada de
lápides cinzentas granitadas sem
epitáfios de memórias salvadoras;
e corvos enchem o céu e cobrem o
sol morto de penas pretas cintilantes como
espelhos.
E um dia de ausência é um ano,
século de ermita em gruta,
Zaratustra sem filosofia que console,
sem sol que seque lágrimas descendentes
rios que percorrem olhos lacustres e desaguam em bocas oceânicas
O sonho voa alto
morre e renasce como fénixes
mas no fim há chama e pó. E os
olhos,
obstinados como religiões no século XXI,
buscam na ausência do corpo
o paraíso da carne.
Adriano Narciso
Pintura: Absence de Rod McRae
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6 comentários:
adriano de regresso:)
mt bom.
T.
muito bom! Aparecendo de novo com as tuas palavras únicas.
mt bom mesmo....
arrazou!!!
Olá amigos. Obrigado pela visita, espero voltar novamente com mais tempo, óbviamente vou passar a seguir o vosso trabalho.Obrigado e até breve.
Adriano voce é unico,fico feliz com o seu regresso .
sem duvida algo que não se estudo nem se aprende....nasceu consgo
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