Creio na incredulidade com que me olhas.
Acredito ainda que não sabes o fim,
Que não o adivinhas por detrás dos olhos baços e do sorriso que em tempos acreditaste ser tudo o que existia.
Esperas a palavra,
O momento,
Esperas a crueldade de um conjunto de actos que te permita ser quem realmente és,
Que te permita soltar todos os verbos amarrados por esperas inúteis e sonhos ancorados.
Fazes uma pausa.
Deixas-me respirar.
Esperas o recomeço de um final há muito adiado.
O pano abre-se,
A cena recomeça.
Novamente actor principal,
Perco-me das palavras,
Desisto dos sonhos,
Alisto-me no exército da coragem e sorrindo digo-te,
- Algum dia chegaria o fim.
Abraças-me e há naquele abraço o alívio de vinte anos sem saber sorrir.
Isa Mestre
4 comentários:
Simplesmente magnífico. Bj*
bonito ...simples e bonito
bj
teresa
A poesia acalma-me, é sempre um prazer ficar por aqui um pouco.
Quem sabe escrever...
escreve assim!
Beijinhos
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